Sem contraproposta, GCM de São Bernardo segue em estado de greve

Sem contraproposta, GCM de São Bernardo segue em estado de greve
Fabiana Piasentin
Com Diário do Grande ABC


À espera de uma contraproposta da Prefeitura de São Bernardo, funcionários da GCM (Guarda Civil Municipal) decidiram na manhã desta sexta-feira, em assembleia com o Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais e Autárquicos), seguir em estado de greve.

Entre as reivindicações da categoria, estão a melhoria nas condições de trabalho e o aumento da referência salarial para os profissionais qualificados. Atualmente, o salário base dos guardas é de R$ 1.093.

Dirigentes do Sindserv e integrantes da administração se reuniram ontem para discutir o assunto. As negociações, no entanto, não avançaram, de acordo com o presidente do sindicato, Carlos Roberto da Silva, o Ketu. "Tivemos um encontro, mas nada de novo foi apresentado. A proposta continua a mesma", explicou.

De acordo com o dirigente, uma nova assembleia está marcada para o dia 18, às 17h30. Antes disso, a categoria pretende se reunir novamente com a administração municipal. "Pretendemos chegar a um acordo, mas não descartamos a possibilidade de uma nova paralisação parcial de 4 horas", contou.

Enquanto as negociações não avançam, a categoria planeja organizar, na próxima semana, uma doação coletiva de sangue no Paço Municipal. "A ideia é que a Fundação Pró-Sangue venha na quarta e quinta-feira para fazer a coleta dos GCMs e da população", diz Ketu.

Questionado se os guardas utilizarão a doação para obter dispensa do trabalho, ele admite: "a iniciativa [de doar sangue] surgiu em decorrência do movimento da negociação. Há o caráter positivo de ajudar outras vidas, mas também haverá pessoas que doarão com essa intenção [da dispensa]", concluiu o sindicalista.

A Prefeitura de São Bernardo foi procurada pelo Diário para comentar o assunto, mas ainda não se posicionou sobre o tema.