domingo, 13 de maio de 2012

Mães guardas municipais. Vidas dedicadas à proteção



Apenas alguns meses após entrar para o efetivo da Guarda Municipal de Curitiba, Maria Inês Quintana Pereira da Silva descobriu que estava grávida do seu primeiro filho Foto: Luiz Costa



Uma vida profissional agitada, com a responsabilidade de proteger a população e o patrimônio público, divide espaços com a educação de cinco crianças e adolescentes, com idades entre 7 e 14 anos. São os filhos e enteados da inspetora Cleusa Pereira, agente da Guarda Municipal de Curitiba há 24 anos.
“Para que tudo funcione, temos uma rotina de muita disciplina em casa, com tarefas e horários bem definidos”, explicou a inspetora. Casada com um guarda municipal há 11 anos, Cleusa acorda diariamente às 5h30, quando começa a organizar a saída dos filhos para a escola.
Stephanie, 7 anos; Vinícius, 9; Graziele, 10; Ana Carolina, 12, e Bruna, 14 anos passam o dia no colégio. No sábado pela manhã, as crianças estudam inglês. “Nos dias de semana eles vão dormir sempre às 21h e cada um tem as suas tarefas diárias”, contou.
Além das atividades como inspetora da Guarda Municipal, Cleusa ainda encontra tempo para estudar. Ela está cursando pós-graduação em Gestão Pública com ênfase em Políticas Públicas.
No final do ano passado, a inspetora precisou ficar dois meses em Brasília, a trabalho, e pediu ajuda para a sogra. “Ela ficou surpresa com o quanto somos organizados. Eu deixei cartazes espalhados pela casa toda, com regras, horários e atividades de cada um, e deu tudo certo”, comentou.
Para Cleusa, o mais importante é dar uma boa educação aos seus filhos. “O adulto de amanhã depende da formação que a criança recebe hoje”, disse. Ela conta que o diálogo é prioridade em sua casa. “Como vivenciamos no trabalho muitas situações de violência, tentamos levar esses exemplos até eles, para que saibam como agir e de defender”.
Filhos
Apenas alguns meses após entrar para o efetivo da Guarda Municipal de Curitiba, Maria Inês Quintana Pereira da Silva descobriu que estava grávida do seu primeiro filho. A agente é mãe de Alex, 20 anos; Tiago, 18, e Gabriela, 12. “Hoje tudo está mais tranquilo, eles já são crescidos e até me ajudam em casa, mas no começo foi bem difícil”, contou.
Também casada com um agente da Guarda Municipal, ela explica que desde que os filhos eram bebês e durante 12 anos, ela teve que atuar no período noturno. “Assim, o pai cuidava deles à noite e eu durante o dia”, diz. Dormir? “Muito pouco, eu apenas descansava”, respondeu.
Entre os momentos mais difíceis que já enfrentou, ela lembra quando os dois meninos tiveram ao mesmo tempo sarampo e estomatite. “Eu tinha que cuidar deles e conciliar com o trabalho, não foi fácil”, disse.
Mas tudo valeu a pena. “Meu filho mais velho está prestes a se formar”, contou orgulhosa. Em sua opinião, conciliar a maternidade e o trabalho nunca é tarefa fácil, independente da profissão da mulher. “Sempre ficamos com aquela sensação de culpa por não ficarmos o tempo todo com os filhos, mas é graças ao nosso trabalho que podemos proporcionar a eles um futuro melhor”, avaliou.
O efetivo da Guarda Municipal de Curitiba conta com 1.618 agentes, dos quais 133 são mulheres. Entre o efetivo feminino, há 116 mães. Durante o período de gravidez, elas não atuam nas ruas e são deslocadas para funções administrativas. Durante a gestação, também são liberadas do uso obrigatório da farda.


Agora Paraná



   

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