Para especialistas, a redução nos índices criminais em São
Paulo e no Rio sofre influência de fatores como a demografia,
uma forte política de apreensão de armas, melhoria na economia
e maior envolvimento das prefeituras na área, com a criação
ou até a profissionalização das guardas municipais.
São Paulo já vinha mostrando tendência de queda desde 1999,
São Paulo já vinha mostrando tendência de queda desde 1999,
com interrupção só em 2009 -houve aumento de 3%, atribuído
à época pelo governo à crise econômica.
No Estado, há também, diz o sociólogo Renato Sérgio de Lima,
No Estado, há também, diz o sociólogo Renato Sérgio de Lima,
secretário-geral do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o
fenômeno da facção PCC (Primeiro Comando da Capital), que,
para evitar a presença da polícia, não tolera assassinatos nas
áreas onde pratica o tráfico de drogas.
Para Guaracy Mingardi, cientista político e ex-sub-secretário
Para Guaracy Mingardi, cientista político e ex-sub-secretário
nacional de Segurança, a redução da migração e o
envelhecimento da população foram fundamentais para a queda
das taxas de homicídios por 100 mil habitantes.
"Quando a pessoa tem raízes com o local é menor a possibilidade
"Quando a pessoa tem raízes com o local é menor a possibilidade
de ela cometer crimes. Além disso, diminuiu, proporcionalmente,
a quantidade de jovens entre 15 e 30 anos de idade em São
Paulo. São essas as pessoas que mais matam e morrem."
Tanto Mingardi quanto Lima acreditam que a apreensão de
Tanto Mingardi quanto Lima acreditam que a apreensão de
armas ajuda diretamente na redução dos homicídios. Em São
Paulo, entre 2009 e 2010, 40.635 armas foram localizadas
pelas polícias Civil e Militar.
Estudo do economista Daniel Cerqueira, do Ipea, revela que
Estudo do economista Daniel Cerqueira, do Ipea, revela que
uma morte é evitada a cada 18 armas apreendidas.
Professor na PUC-RS, Rodrigo Ghiringhelli de Azevedo avalia
Professor na PUC-RS, Rodrigo Ghiringhelli de Azevedo avalia
que as reduções dos índices se devem aos investimentos
na última década.
Para ele, ainda é possível atingir níveis abaixo do considerado
Para ele, ainda é possível atingir níveis abaixo do considerado
epidêmico pela OMS (Organização Mundial de Saúde), desde
que se invista em políticas sociais, de segurança pública e
aumente a resolução dos crimes. (ANDRÉ
CARAMANTE e AFONSO BENITES)
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