Guardas recompensados por recolher armas ilegais
Mara Andrich
A prefeitura de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, vai começar a pagar uma gratificação aos guardas municipais que conseguirem recolher armas ilegais. A proposição do Projeto de Lei 103 (de janeiro deste ano) é do Poder Executivo e, na semana passada, foi aprovado na Câmara de Vereadores da cidade. Agora, falta a prefeitura regulamentar a lei, mas provavelmente no mês que vem os profissionais já deverão receber o benefício, que deverá ser de R$ 300.
Efetivo
Em São José dos Pinhais trabalham 142 guardas municipais. Outros 36 estão fazendo o curso de formação e logo devem começar a atuar. A ideia de pagar a gratificação para o profissional que retirar armas de fogo de circulação busca aumentar a autoestima do guarda e mudar o conceito que a população tem sobre ele. "Queremos que a nossa Guarda Municipal seja diferente das que existem hoje. Queremos que a guarda seja preocupada com os direitos humanos, com o policiamento comunitário, com a resolução pacífica de conflitos", explicou o secretário de Segurança de São José dos Pinhais, Marcelo Jugend.
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O piso do guarda municipal de São José é R$ 1.373. No ano passado, os guardas ganhavam R$ 850, mas o Projeto de Lei Complementar 50, de janeiro deste ano, alterou o Estatuto do Servidor Público Municipal de São José dos Pinhais, elevando o nível inicial do cargo de 26 para 46, o que resultou no aumento.
Apreensões
Em janeiro deste ano, a guarda recolheu 11 armas ilegais na cidade. "Considerando o nível de exposição a que o guarda municipal se submete recolhendo estas armas e a importância da retirada de circulação delas, resolvemos dar essa gratificação. Eles auxiliam a polícia militar com este trabalho. Hoje não há especialistas em segurança que não entendam que a guarda municipal é o policiamento do futuro", comenta o secretário.
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