Vocação, compromisso, atividade policial e a Guarda Civil.
Segundo o dicionário, a palavra “vocação” significa tendência, propensão ou inclinação para qualquer estado, profissão, ofício, disposição natural do espírito e até predestinação. O que se observa é que o mundo capitalista e competitivo tem tornado as profissões meros meios de sobrevivência, um caminho pelo qual se consiga obter e manter conforto, bens, status e toda uma estrutura para satisfazer uma série de necessidades virtuais e artificiais, mas que nos leva a crer serem reais e profundas. Via de regra, não mensuramos o sacrifício pessoal que fazemos para sustentar tudo isso.
Sérgio Medeiros .Fonte:Blog do Guarda Civil
Meu intuito aqui não é fazer com que se corra, de forma irresponsável, em busca da felicidade. Não. É justamente o contrário. É o de termos consciência de que o ideal é uma coisa, mas o possível, o real, é outra. Seria realmente fantástico só fazer o que se gosta, mas isto, de forma plena, com certeza é utopia; então, dentro daquilo que é possível, sem dúvida, devemos enfatizar a valorização do compromisso. Temos que valorizar a capacidade do ser humano, que consciente do sacrifício e dos dissabores a que está sujeito, assume um compromisso, e se realiza em saber que é uma pessoa cumpridora de suas obrigações e também titular dos conseqüentes benefícios.
Sempre vejo em jornais, revistas ou até em conversas com colegas a tentativa de explicar, ou de alguma forma associar, as disfunções da atividade policial nas guardas municipais, com a falta de vocação, o que refuto. Nada justifica. Nós, guarda civis metropolitanos, operadores de segurança pública que somos, devemos ser primordialmente compromissados. A atividade é árdua, por vezes somos mal compreendidos devido ao lobbye contrario à nossa prestação de serviço, nem sempre as coisas dão certo, nem sempre estamos com a razão, enfim, mas apesar de todos os pesares devemos perseverar em fortalecer nosso compromisso com a sociedade e com os municipes, em sermos o fiel da balança, em sermos referência de legalidade e cidadania.
Com aquilo que não concordamos, não devemos pactuar. Insatisfações, desejos de mudança, reclamações, devem existir. De outro modo não evoluiríamos. Mas os princípios fundamentais, aos quais nós nos comprometemos em proteger e defender, sob pretexto nenhum devem ser violados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário