
Por uma segurança cidadã
28 Mai 2009 - 00h44min
Chegamos à era da perversidade. Nunca se viu tantos crimes chocantes nos noticiários. Nunca tantos jovens morreram por motivos torpes. Nunca se teve tanto medo. Esta sensação cultivada à exaustão, seja pelo noticiário ou pelas histórias que escutamos, tem mobilizado a sociedade civil em torno de discussões sobre segurança pública.
Para fomentar esse debate democrático, o governo federal está promovendo a I Conferencia Nacional de Segurança Pública (Conseg). Uma das vertentes desta iniciativa é a conferência livre, um instrumento de livre debate em que os diversos segmentos da sociedade civil discutem segurança, segundo a realidade de cada grupo. Os encontros são exercícios de cidadania. Lá se discute desde a abordagem policial, aos problemas que geram os altos índices de violência.
A Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, que está realizando a etapa municipal da I Conferência Nacional de Segurança Pública, até o dia 29 de maio, tem acompanhado as conferências livres. Em meio a muitas histórias tristes e outras tantas de superação, vemos a importância de ouvir o povo para se fazer política.
É fato que segurança pública não é um problema só de polícia, mas de política também. O governo federal já entendeu isso, tanto que criou o Programa Nacional de Segurança com Cidadania, o PAC da segurança. Aqui em Fortaleza, o Pronasci começou pelo Bom Jardim, com a implantação do Mulheres de Paz.
O projeto prevê a capacitação de 300 lideranças femininas daquela comunidade, para recrutar jovens em conflito com a lei para atividades sócio-educativas.
Outros projetos virão voltados para a inclusão social e a construção de uma cultura de paz. Ações como esta, nos mostram o caminho da segurança cidadã, em que o estado se volta para o povo e a segurança pública cumpre seu papel.
Arimá Rocha - Diretor Geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza. Advogado
oarimarocha@globo.com
Fonte: O Povo on-line.
Nenhum comentário:
Postar um comentário