
Enterrado corpo de jovem que havia desaparecido morto em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo.
SÃO PAULO - Foi enterrado nesta quinta-feira o corpo do estudante Jhonatan Felipe Santos, de 15 anos, que desapareceu na última sexta-feira, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. O corpo foi encontrado na terça-feira, enterrado em Embu-Guaçu, com marcas de tiro no rosto. O cemitério municipal de Itapecerica ficou lotado de familiares e amigos. Emocionados, eles rezaram o pai-nosso e aplaudiram o caixão, uma forma de homenagear o jovem.
Câmeras da Guarda Municipal de Itapecerica da Serra registraram o rapaz sendo levado por dois homens, no centro da cidade. Segundo testemunhas, ambos se apresentaram como policiais. Em nota, a Corregedoria da PM disse que não vê indícios da participação de policiais no caso, mas disse que tudo será investigado.
- Confundiram meu filho (com outra pessoa), eu tenho certeza - afirmou Ana Maria Souza Santos.
Jhonatan sonhava em ser dono de uma pizzaria e já trabalhava num restaurante. Sempre que dava, acompanhava o tio e fazia um bico como ajudante de pedreiro.
Nas imagens, o menor aparece algemado e estava com as mãos para trás. O delegado Luiz Augusto, da delegacia de Itapecerica da Serra, disse que será preciso melhorar as imagens para identificar os homens que levaram Jhonatan.
Segundo a delegada Elisabete Sato, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o adolescente morreu atingido por quatro ou cinco tiros quando estava algemado. Ela trabalha com a hipótese de Jhonatan ter sido pego por engano e assassinado por policiais que queriam se vingar de um assalto ocorrido em um mercadinho da região.
A Polícia Civil agora espera a ajuda de testemunhas para tentar identificar os autores do crime.
- É impossível que ninguém tenha visto a abordagem. Era hora do almoço e o centro de Itapecerica deveria estar lotado. Agora é hora da população ligar e denunciar - disse Elisabete.
O tio do rapaz, Ademar Souza Santos, contou que Jhonatan havia ido ao banco na sexta-feira.
- Quando voltei ele não estava no banco. Uma pessoa me ligou, uma mulher conhecida disse que viu meu sobrinho ser abordado por policiais à paisana - contou o tio.
Fonte:O globo.
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